quarta-feira, 29 de junho de 2016

Autoestima




Estima tem relação direta com avaliação, apreciação, consideração, apreço por... autoestima é, portanto, a visão que temos sobre nós, como nos percebemos, como avaliamos nosso desempenho, nossos resultados. Podem vir de fora as impressões que dizem como somos - e muitas vezes nos deixamos influenciar por esse olhar de terceiros. Se nos desmerecem sistematicamente, e permitimos que julgamentos e comentários depreciativos nos alcancem, acabamos deixando que minem nossos sentimentos de autoconfiança, nossa autoavaliação sofre abalo considerável, fica comprometida nossa autopercepção, e a autoestima, coitada, rebaixada, vai alterar nossos comportamentos. Inseguros, passamos a duvidar de nossos valores, das nossas capacidades, não sentimos prazer com as conquistas e, não raro, sequer lutamos por aquilo que desejávamos, convencidos de que será em vão.
Não  sou merecedor é um sentimento altamente sabotador, rouba nossa força interior, desfaz nossa crença de que somos dignos de receber, de que merecemos o prêmio, o bônus, o sonho realizado, a conquista de quem busca.
A pessoa com boa autoestima reflete no jeito de ser, pensar, agir e até de andar, denunciando segurança, confiança, alegria, bem estar pessoal, ela não depende da aprovação de ninguém, ela simplesmente é, (re)conhece seu valor e se impõe sem alarde, não sofre retaliações, não se abala com comentários nem se rende à torturas psicológicas, não permite que seu emocional seja atingido por influências externas. A pessoa que conhece seus valores os respeita e se ama o suficiente para viver sem condicionar sua autoavaliação aos achismos dos outros.
Cultivar a autoestima pode ser mais simples do que parece, o autoconhecimento ajuda muito porque a gente sabendo onde "o bicho pega" reage preventivamente, sabe onde um ataque externo pode fazer estrago, assim como sabe como alimentar as áreas que a fortalecem, se presenteando com elementos que a ajudem, sejam roupas, acessórios, corte de cabelo, frequentar lugares, adquirir mimos pra si ou escolher companhias que elevem seu estado geral.

Denise Araujo



O que será essa tal de autoestima? Será que a gente cultiva ela como? É de plantar para podermos regar? Muitas vezes ficamos em dúvida e perdidos com tantas informações dizendo e pedindo para a gente ter autoestima, porque "temos que" ter isso, "temos que" ter aquilo. E ficamos achando que é simplesmente passar um batom e já estamos com a autoestima lá no alto, ou colocar um sapato mais alto possível, porque essa danada pode estar no salto.
Ela, na verdade, precisa ser trabalhada aos poucos. A estima é o cuidado da gente para com a gente mesmo, como estamos cuidando do nosso corpo, mente e espírito. De tudo o que está na nossa vida, até mesmo os relacionamentos fazem parte desse pacote chamado autoestima. Nós vamos construindo isso no decorrer da vida, conforme vamos nos conhecendo, vamos aprendendo a gostar de tudo o que SOMOS. E nem sempre é fácil olhar para todas as nossas descobertas, muitas vezes é um processo doloroso, mas é um processo e a gente precisa entender que é um passo de cada vez, um dia de cada vez.

Meire Oliveira

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O passado pede para respirar







O passado já foi, mas existe ainda dentro de nós, a cada vez que o visitamos. Revivemos sensações, deixamos as emoções voltarem. Precisamos aprender a nos libertar dos erros e das culpas que moram lá. Desengavetar os sentimentos que abafamos, para deixá-los respirar. Mesmo que seja desconfortável, que dê medo, é necessário. Precisamos aprender a abençoar não só quem somos, mas quem fomos. Abençoar até as escolhas que achamos ter sido erradas, mas que tanto nos ensinaram.
Somos um conjunto de histórias que aconteceu há tempos, somos um misto do passado no presente, aprendendo mais a cada passo. A aceitação do que foi pode nos libertar. Não seriamos quem somos hoje, se não tivéssemos chorado as lágrimas, sofrido as perdas que sofremos. Se não tivéssemos pisado em falso, nos enganado. Não seriamos quem somos se não tivéssemos construído castelos de areia para depois vê-los caírem. Somos o melhor que podemos ser, e fomos o melhor que podíamos ser, com a consciência que tínhamos, com o conhecimento que habitava em nós e com os sentires que palpitavam na nossa alma. E está tudo bem não ter estado tudo bem.



Meire Oliveira

O passado é a parte da vida que preparou o terreno que pisamos hoje. É a orquestra que junta todas as nossas vivências em acordes que tecem a melodia que nos inspirou, que embalou nossos projetos e aprimorou nossos sonhos. Tudo lá era promissor, até as escolhas que nos obrigaram a andar com pés de chumbo, as lágrimas que lavavam as decepções pra gente poder construir novidades dentro de nós. 
O passado era um canteiro pra depositar as melhores sementes, por isso ele floresceu no presente, ajeita aqui e acolá o futuro... somos o resultado dessa obra sem fim, dessa lavoura que tem erva daninha, mas que foi generosa e nos trouxe até aqui. Cultivar os ensinamentos parece a escolha óbvia pra um desfecho feliz, e a gente pode - e deve - rever essas andanças pra comparar com as marcas novas, as lições mal aprendidas que se repetem, identificar onde as mudanças ainda não chegaram, em que lugar estão guardadas as melhores coisas que nos enviam sinais atualizados de sucesso, de alegria, de realização, ainda hoje. Honrar o passado é dar valor para tudo que foi vivido, lá nós demos nosso melhor, construímos cada pedacinho deste SER que hoje espia lá atrás...

Denise Araujo

terça-feira, 21 de junho de 2016

Já parou pra pensar que nossos sonhos são perfeitos?




Nossas realizações tiveram o início no pensamento. O pensamento é criador,  tem a capacidade de enxertar todos os detalhes que quiser, compondo os cenários, mudando o rumo, acertado os detalhes. Nossos sonhos são perfeitos, por isso a gente gosta de idealizar,  e esses momentos criadores – ou criativos -  são o encontro dos nossos desejos com as circunstâncias prováveis, uma vez que nos ajustes cabem todas as regras, que podem ser quebradas até tudo ficar do jeitinho que queremos. 
Até aí, tudo certo. A gente curte, e muitas vezes atualiza os sonhos, o problema está na expectativa que somos capazes também, de produzir, o que talvez se explique pela fantasiosa possibilidade que criamos de realiza-los, mais ou menos como o script que tem dentro da cabeça da gente, mas está alojado no nosso coração. Esta pode ser uma combinação perigosa, o tombo pode machucar,  e não há como prever a queda, assim como não dá pra mudar a realidade, que nem sempre se ajusta à nossa perfeita criação. Este é o segredo, sonhar sim, sonhar alto, sonhar muito, mas não perder de vista o desencontro que pode haver entre os fatos e nossa capacidade de criar os mais incríveis caminhos que levem ao desfecho feliz. Tudo pode acontecer parecido, e não a cópia fiel gerada naqueles pensamentos tão estimulantes...
Denise Araujo


Não há cenário mais belo do que o dos nossos sonhos. Disney ainda sai perdendo para os finais felizes que conseguimos idealizar. Somos a verdadeira máquina encantada, que sonha, que delira, que prevê o que quer que aconteça. Cocriar é possível, quando não queremos controlar. Porque o controle traz um desespero, uma angústia e ansiedade, de que as coisas têm que acontecer EXATAMENTE como sonhamos em nossa cabeça.
Muitas vezes as coisas acontecem de maneira melhor, mais bonita, com um novo elenco até. Tudo pode acontecer, mudar e recomeçar. Sonhar vale a pena, viver vale ainda mais. Se a gente olhar com cuidado conseguimos perceber momentos que se encaixariam direitinho nos nossos sonhos mais loucos e que se quer ousamos fazê-lo.
Nem sempre é fácil lembrar disso, mas: o tempo tece na hora certa tudo o que precisamos para crescer, amar e evoluir, nesse constante recomeçar que é a vida.
Meire Oliveira

Evolu_indo





Até que a gente desperte e passe a buscar pela evolução do SER, pelas mudanças do que nos incomoda, de comportamentos que nos prendem aos padrões que inspiram confiança - porque afinal ali sei o que esperar de mim mesma - a vida vai acontecendo levada pelo sabor do que vem sem aviso.
Os livros de autoajuda, tão combatidos e criticados, têm uma importante participação no processo de autoconhecimento, autodescoberta. Muitas vezes uma única frase acessa um mar de fragmentos do que somos, desencontrados, embaralhados e bem disfarçados entre os aspectos já conhecidos, aceitos, compilados por nossas reflexões. 
Uma conversa franca, a observação silenciosa e atenta, os valores mais fortes costurando nossos passos. Tudo que seja ponte para o caminho dessa luz da verdade, é válido. As experiências sofridas na pele arcam com o bônus das mudanças e são os maiores holofotes direcionados para o amanhã - quanto menos repetir erros, mais rapidamente o crescimento favorece que a gente busque evoluir também pelas mãos do amor, da gratidão, do perdão, da tolerância, da benevolência, da gentileza. Todos frutos do despertar e da sabedoria que veio em cada degrau vencido, cada esquina dobrada, cada passo avançando para o melhor que podemos SER.
Denise Araujo 


A jornada do desenvolvimento pessoal é um caminho sem volta e cheio de transformações. Não tão somente regado de luz, mas de muitos espinhos, de espantos múltiplos. Nem sempre é fácil olhar para o que descobrimos sobre nós mesmos. Sobre nossas fraquezas e fortalezas, isso quando conseguimos enxergá-las. Somos um verdadeiro baú de tesouros que desconhecemos, mas que sentimos a uma certa altura da vida, que chegou a hora de ir a caça e descobrir o que diz todo esse poder que reside em nós, de criar o bem e o mal. De cultivar o que escolhemos e expandir o que somos. Há muitas estradas que podemos percorrer e nos ajudar, como livros, filmes, e até mesmo a riqueza dos relacionamentos nos mostra e nos ajuda a enxergar os reflexos de nós no outro. Basta que tenhamos disposição e olhar atento, para ver além do ego, além do que os olhos conseguem enxergar.
Meire Oliveira


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Quando dois mundos se encontram




A gente gosta de conversa que flui, que seduz e não reduz a vontade de falar. A gente aprecia a prosa que lança os assuntos sem deixar o pensamento no mudo. A fala que empolga, que faz rir, pensar, relembrar e até mesmo chorar.
Mas quando o papo não dá caldo, a gente tem vontade de fugir. Quando a sintonia não rola, não há pressão que faça colar o que não tem nem como rimar. Não adianta forçar o que precisa ser natural. 
É só com o ritmo certo que a gente tem vontade de trazer o outro para perto para mais conversas, intercalando dois mundos diferentes. Costurando novas histórias e impressões, provocando um terceiro mundo que começa a ser construído a dois.

Meire Oliveira


O aconchego de uma boa conversa provoca uma revolução na ante sala da zona de conforto, porque instiga, evolui e flui ao encontro de nossas ideias, nossos sonhos, nossas histórias, muitas vezes ali o futuro começa a ser parido...
Os pensares divergentes podem ser pequenas lanças a trazer luz ao nosso porão de ideias empoeiradas, banidas deste mundo atual, processadas e abandonadas. Mas esse encontro de pensamentos podem tirar os véus que falsamente protegiam nossas opiniões. No outro pode existir o eco que reverbera nossos secretos mundos, e essa dança faz balançar os conceitos mais arraigados que podemos ter. Uma boa conversa desfila ideias que enfeitam nossos mundos que se cruzam - ainda que só naquele momento.
Denise Araujo

Você também dá plantão dos seus problemas??



Lágrimas e chuva
Molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê
O mundo é muito injusto
Eu dou plantão dos meus problemas
Que eu quero esquecer

Enquanto ouço a canção, fico presa nessa estrofe, que descreve tão bem o que fazemos conosco mesmos... 
Quando nos encontramos em situação de dor, conflito, desamparo, desalento, a tristeza nos toma e verte de nossas emoções mais profundas, contaminando os nossos recursos internos de enfrentar, resolver, apaziguar. Somos capazes de mudar essa frequência pesada, destrutiva, mas não, "damos plantão dos problemas que queremos esquecer." 
Por que fazemos isso conosco, se os queremos esquecer?! Repassamos tantas vezes os problemas que os sabemos de cor!!! Existem maneiras de sair desse círculo vicioso, libertarmos-nos dessa agonia que mata de forma lenta todo o potencial que temos para solucionar, nos desfazer deles, no mínimo, minimiza-los. Aprendemos com algum modelo que copiamos? Temos a crença de que para termos sucesso antes precisamos escalar (e vencer!) a torre de adversidades? Qual evento vai nos resgatar dessa prisão? Quem, além, de nós mesmo?

Denise Araujo


Talvez a injustiça do mundo, a qual a música se refere, seja um reflexo da injustiça que a gente mesmo faz quando trazemos para perto os problemas que queremos esquecer. Se por vezes buscamos ser feliz e atrair mais momentos de felicidade, ainda assim, outras podemos estar remoendo os obstáculos como se eles fossem nos afogar no nosso próprio drama. Corroemos nosso interior, e ainda colocamos uma lupa que vai aumentando e fazendo esse problema crescer. Por vezes até sem perceber que o problema é exatamente esse: não desgrudar do problema. Afinal o que enfrentamos tem a dimensão que escolhemos dar e a atenção também. 
Na hora certa e na medida certa do que nos cabe escolher, que tenhamos a clareza exata para não obscurecer o que nos faz bem e colocar os holofotes apenas no que não nos acrescenta.

Meire Oliveira

domingo, 12 de junho de 2016

Pensamentos errantes...




Pensamentos errantes são aqueles que nos levam para uma zona de perigo, que ignoram, muitas vezes, o limiar da loucura, do pecado, da teimosia. Somos mestres em gerar o próprio desconforto, as infelicidades que criamos a partir da ideação que teima em crescer e se instalar em nossa cabeça, as famosas caraminholas. Ficamos presos a eles, numa corrente cíclica e perigosa que nos arrasta para um calabouço emocional que aprisiona os sentidos, a vontade, o ânimo, a iniciativa, a marcha da vida.
Esses pensamentos se tornam vitoriosos quando lhes damos asas, quando alimentamos nossas sombras, produzindo pensamentos sombrios. Ou quando praticamos o negativismo em cada chance de mudar e, por medo, preguiça, falta de estímulo, ou o que seja, afastamos as coisas boas, as pessoas certas, os melhores  caminhos.
Pensar desarmados, criar nosso mundo feliz já dentro de nossas entranhas, trazer o sonho para diante de nossos olhos, ao alcance de nossas mãos, vivos nas pontas de nossos pés... eis o jeito de criar pensamentos em sintonia com a realização do que nosso SER deseja. Ele é sábio, perseverante, astucioso, preparado, capaz de nos colocar onde sabe que precisamos chegar.

Denise Araujo

Quantas vezes achamos que podemos ler a mente de outras pessoas, ou prever o futuro? Imaginamos a tragédia armada no melhor estilo novela mexicana. Os "e se" então se tornam uma verdadeira tortura interna, que fazemos sem piedade alguma. Os pensamentos na onda negativa vão nos levando por um fio que só nos afunda. 
E ninguém mais além de nós mesmos pode nos retirar dessa onda. Às vezes um pedido de socorro pode nos ajudar, uma mão pode se estender em nossa direção, mas a escolha de aceitarmos essa mão é somente nossa. Como também é o esforço que vamos fazer para nos reerguer e elevar os pensamentos. Seguir outro fio, alinhavar nosso ânimo, estar prontos para o novo momento. E os pensamentos positivos podermos abraçar e nos envolver, basta que saibamos abrir a porta e deixar que eles entrem e façam da nossa mente casa de ar leve e alegria renovada.


Meire Oliveira

Sim para mim


Desenho por Cida Gama


Fazer de tudo para agradar o outro ou ter medo de desagradar são dois passos de uma dança em que podemos nos aprisionar. É uma dança que nos afasta de quem realmente somos. Um ritmo que nos faz pisar em cima de nosso próprio sentir em função de outra pessoa. E começa a dança que aprisiona. 
Aprender a respeitar o nosso sentir está incluso no pacote do dizer não. O que faz sentido para mim? O que ressoa com o meu coração? É essa estrada que traz a liberdade de ser quem somos. É seguir os passos de uma dança que toca o ritmo das nossas verdades, é dizer sim quando é o que realmente sentimos e dizer não quando necessário. Na certeza de quando dizemos não para o outro, estamos dizendo sim para a gente mesmo.
Meire Oliveira


Para o que estamos dizendo sim? Precisamos estar atentos ao que facilitamos, se dissermos sim para a inflexibilidade, estamos negando uma condição mais leve. Quando aceitamos nossas emoções e as deixamos fluir, cuidamos para que a alegria não exagere, a raiva não ultrapasse o limite, o medo não destrua nossas chances, a tristeza não congele nosso coração?
Quando dizemos sim para todos os fatores que nos (e)levam para diante, nos permitem superar, alcançar o voo tão desejado, desfazer o mal feito, questionar os pontos desfavoráveis, é altamente saudável – mas esse senso de valor e cuidado devem andar de mãos dadas para não dispersarem para longe do território das compensações, das conquistas, das colheitas das boas sementes. Acreditar que somos capazes, que podemos aprender, que seremos recompensados por nossos esforços, nos estimula a olhar para nós mesmos com mais respeito, amor, aceitação – e admiração!!!!

Denise Araujo

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Não tome decisões se as ideias estiverem confundindo você...




Inúmeros sentimentos povoam nosso mundo interno. A vida apresenta situações novas, e muitas nos tomam desavisadamente, até o chão tiram de nossos pés... mesmo assim, muitas vezes a gente adia decisões necessárias, e como nossos sentimentos não são perecíveis, e também porque ainda não sabemos que escolha faremos, vamos deixando pra depois, colecionando todas as coisas que incomodam até que fiquem tão grandes dentro de nós que se torne impossível digerir mais alguma coisa. Essa é a pior hora pra tomar decisões, pra resolver as questões que atormentam a nossa paz. Se tem mágoa envolvida, piora. E piora muito, elas turvam nossa visão, potencializam os sentimentos feridos, e nos impedem de pensar com clareza, imparcialidade e justiça. Não tome decisões de cabeça quente, as mágoas são más conselheiras...

                                                                                                  Denise Araujo


Quando deixamos que as emoções falem por nós, pode acontecer depois do arrependimento bater à nossa porta. Ele vem, muitas vezes de supetão e nos sentimos quebrar por inteiro. Por isso é sempre bom olharmos com cuidado para o que sentimos, antes de tomar qualquer atitude. Raiva e tristeza todos sentimos, mas a identificação com elas pode causar danos não só a nós, mas aos que nos cercam. Uma decisão sensata pode sim ser até dolorosa, dependendo do grau de outros sentimentos que se misturam em nós, mas de alguma forma há um sentido Maior dentro do lado de dentro, que nos guia nessas situações, e é preciso se orientar por ele. Deixar que o amor fale através de nós nem sempre é tarefa fácil, mas vale a tentativa de seguir o melhor guia.

                                                                                                                  Meire Oliveira

Autodescobertas pelo caminho...






O autoconhecimento não é misticismo. Ele traz clareza para o nosso caminho. Não promete resolver os desafios, mas ajuda muito. O poder que temos de escolher fica mais evidente quando temos um conhecimento maior de nós mesmos, do que realmente é importante, do que nos faz vibrar e do que nos faz chorar. As descobertas não têm um prazo específico para acontecer, e muitas vezes elas se tornam redescobertas e se renovam. Somos uma constante metamorfose e nosso casulo acontece todos os dias, mesmo sem a nossa consciência sobre ele. A busca constante de nossa essência nos traz a escolha do que iremos nos aproximar e nos afastar. Só nós podemos trilhar esse caminho dentro de nós e abraçar nossos espinhos, dar de beber a sede do nosso próprio deserto. O mais bonito é a gente aprender a caminhar em nossa própria direção e estar cada dia mais próximos do nosso próprio coração.
Meire Oliveira



Autoconhecimento é o passaporte para voos seguros, mas não acontece sem esforço, sem o desejo e comprometimento internos, e também é processo que pode levar - e leva! - uma vida inteira. Não desanime me lendo, pegue a deixa pra exigir menos de você e dos que te rodeiam. O aprendizado vem quando as lições acontecem, mas muitas vezes não registramos esses ganhos, e o processo em curso continua, mesmo sem percebermos. Autoconhecimento se dá de diversas formas, estudo, livros, conversas, pesquisas, relatos, filmes, observação. Autoconhecimento requer maior disciplina, é uma viagem solitária, pra dentro da gente mesmo, mas, atenção!... pode ser amorosa, com o rigor que acharmos preciso empreender, porém, acolhendo nossas falhas, as limitações, os medos, o desânimo. Sendo indulgentes e perdoando-nos, sentindo compaixão por nossos erros e tentativas, ganhamos força para seguir a viagem. Ele é longa, sofre interrupções e traz desalentos, o cansaço em determinados momentos é inevitável, mas não pode vencer nossa determinação, nada pode abalar nosso desejo bonito de crescer! 

                                                       Denise Araujo

sábado, 4 de junho de 2016

O crescimento que o erro desabrocha





Todo erro no fundo contém também um acerto. Embora no início a tragédia pareça armada, com o tempo tudo se explica e se descomplica se assim permitimos. A gente tem nas mãos uma caneta que não deixa a gente apagar o que fez. Mas ao mesmo tempo carregamos a capacidade interna de ampliar a visão e internalizar a lição. Através do nosso olhar podemos resgatar algo de bom em toda e qualquer situação. Não é preciso achar que tudo está perdido, porque quando assim parecer um novo tempo haverá de amanhecer. Mas precisamos antes permitir olhar para o erro, com compaixão por nós e pelos nossos sentimentos. A gente dá o nosso melhor, mesmo quando não conseguimos enxergar isso. E o recomeço sempre vem para quem consegue sentir o furacão e deixar a calmaria chegar no seu tempo. Que é no ritmo de cada um. Todos os reveses vão e vêm, mas precisamos tomar cuidado para não nos algemarmos no erro e perdemos a tão dadivosa e importante lição, porque ela sempre chega.

Meire Oliveira



De tudo o que acontece de ruim, pode-se tirar a vantagem do aprendizado, porque mesmo que a gente dê de ombros, a vida parece ter pés que nos encontram, e entregam a lição. O melhor é considerar o erro, olhar para aquilo que maltrata, dar vazão ao sentimento de culpa para que ela se manifeste em busca do autoperdão, para que possamos se for possível, reparar o erro, esvaziar a angústia sem perder-se da gente mesmo.
Nem sempre as escolhas acompanham o bom senso, mas é fato que dado o momento e as circunstâncias, decidimos pela melhor opção, com os recursos que temos. Sigamos mais leves, porque a vida também tem mãos que oferecem novas chances, temos a sorte de poder recomeçar. Afinal, como disse Meire, "nada é em vão, se não é benção, é lição."
Denise Araujo

A dança dos sentimentos contrariados...




O que fazemos quando algumas situações se manifestam adversas aos nossos desejos, ou àquele projeto, viagem ou programa que estávamos planejando - e essas interferências externas irão produzir, no mínimo, insatisfação? Como reagimos ao que nos acontece, ao sentimento de impotência? Quais escolhas conduzem nossas ações nessas circunstâncias? 
Estamos cientes de que não temos controle sobre boa parte do que nos acontece, porém, somos os únicos responsáveis pelas nossas atitudes, a autoresponsabilidade que deve comandar nossas vidas, induzindo cada vez a menos erros evitando atitudes impensadas, impulsivas.
Como encaramos nossas posturas reativas, tantas vezes refratárias ao bom senso, a uma simples reflexão que nos guiaria em outra direção? Quantas vezes ignoramos aquela voz que surge dentro da nossa cabeça, tentando lançar uma luz aos nossos pensamentos? Como mudar essa frequência vibratória da energia estagnada, louca de raiva, possuída pela completa impossibilidade de alterar as coisas? Quando temos consciência de nossos comportamentos, sentimentos e pensamentos, o ato corajoso das mudanças começa!!

Denise Araujo



Por vezes a frustração faz uma visita que desagrada. Como se o solo que cuidamos tão bem fosse de repente acometido de alguma praga. E nos abala, e nos desestabiliza. Porque a ilusão do controle parece reinar em nosso peito quando tudo está indo bem. Mas a vida surpreende e nos joga ao chão, perdemos o rumo. E isso pode até ser bom. Com o tempo podemos achar uma nova direção. O imediatismo é que pode nos sufocar, quando queremos que tudo seja resolvido agora, no nosso "já". Querendo novamente controlar. A solidariedade com nosso sentir precisa pulsar mais forte e a prática da confiança, uma fé infinita na vida pode nos ajudar a tentar outras vezes, por outros caminhos. Com o solo renovado pela esperança de que a vida pode reservar algo melhor do que podemos imaginar.

Meire Oliveira

Multiplicando o que escolhemos





Você já percebeu como sua mente funciona como um imã? É simples, quando você pensa em uma situação que te deixa triste, ela vai te fazer lembrar de mais situações que te deixam tristes. É como um imã. Então se você pensar em algo que te deixa feliz, sua mente vai te linkar a outras coisas da mesma natureza, que te fazem bem. Então quando você se pegar num turbilhão de pensamentos negativos, você tem nas mãos o poder de buscar outro pensamento melhor e ir elevando a energia do que pensa. Mas não ache que isso acontece num passe de mágica, pois é uma escalada. Como você "desceu" passo a passo, precisa subir cada degrau dos seus pensamentos, agregando assim melhores emoções e fazendo bem ao seu coração.

Meire Oliveira



A mente se move com um efeito multiplicador, uma coisa puxa a outra e isto já é motivo suficiente pra que a gente interceda em beneficio próprio e de todos que nos rodeiam, filtrando ao máximo os pensamentos, vigiando a viagem que ela faz, muitas vezes de forma quase cruel seduzindo as lembranças para que invadam nossos sentidos, se apoderem de nossa energia alterando o astral resultado dos pensamentos bons que atraem semelhantes e nos empolgam, estimulam, inundam de alegria e bem estar. 
Se uma lembrança provoca uma emoção boa, e outras se juntam à primeira, o melhor caminho é procurar manter essa conexão sadia, feliz, harmoniosa e transformadora, porque nos tornamos pessoas melhores, mais felizes.

Denise Araujo

Do casulo para o voo...



E lá se vão quase dois meses desde o (re)encontro das duas escorpianas nascidas no mesmo dia e mês, adoradoras de borboletas... rsrrs
A proposta da Coach e Escritora Meire de Oliveira foi uma espécie de chamamento, acho até que fui a primeira a aderir. Juro que não sei o que me moveu, mas hoje arrisco dizer que, se acasos não existem, e que tudo que precisa acontecer, acontece; as pessoas que têm de se encontrar, se (re)encontram, esta história estava só começando...
Desde então, o contato diário no grupo foi desenhando uma parceria que nasceu - silenciosa e respeitosamente - da sincronicidade e identificação ideológicas, de sentimentos, pensamentos, crenças, aprendizados mútuos. Uma troca generosa que começou timidamente  entre pessoas desconhecidas mas reunidas numa mesma sintonia e energia do bem. Aos poucos – e sem intenção – os áudios chegavam e os Soldados da Positividade esperavam pelo comentário que sempre fiz após ouvir atentamente à Meire. Nada combinado, mas foi dando samba... rsrs... e algumas pessoas manifestaram-se comentando sobre essa dinâmica espontânea que se estabeleceu entre nós duas – com a natural aceitação (e desconfio que a torcida) do grupo, e talvez isso tenha sido uma evidência que a menina Meire viu, avaliou, intuiu e tomou a iniciativa de me chamar para “algum projeto juntas.”
Se pensei muito pra responder? Bom, depois de uma conversa que entrou pela madrugada fria, já estávamos alinhavando o “projeto” e não tardou a ganhar forma, nome, imagem, moradia, e lugar em nosso coração!!
A busca pelo aprimoramento pessoal, desenvolvimento das habilidades, transformação individual, autoconhecimento, autocrítica, autoestima, amor próprio, crescimento espiritual e fortalecimento emocional são alguns aspectos que Meire e eu trabalhamos, cada uma na sua área. Eu também sou Coach e tenho algumas formações em PNL, como o Master Practitioner, além da minha amada Psicologia – mas, no grupo ou aqui, não exerço nem exercerei jamais nenhum desses papéis. Sou alguém inseparável de meus conhecimentos intelectuais, é certo, mas sou muito mais a pessoa que carrega na bagagem de vida conteúdos para troca, para repartir e aumentar a própria resiliência e conhecimento – nunca suficientes enquanto se vive!!
É isso, deu samba meninas, estamos com o bloco na rua... ops... rsrs... quero dizer, o blog pronto para interagirmos, e o melhor é que desta forma tudo fica armazenado, todo o tesouro desse material rico que produzirmos ficará reunido, sendo mantido pra quem chegar, pra quem gostar e se identificar, para desabrochar, rever e descomplicar!!
Tragam seus amigos, vamos aumentar a roda, vamos trocar ideias.
A transformação acontece de dentro para fora, e nós somos duas borboletas os chamando pra voar!!!!!

Em 04 de junho de 2016
Denise Araujo  Meire Oliveira