Por vezes sentimos que estamos sendo uma boa pessoa, porque fazemos tudo para ajudar o outro. Mas não percebemos que estamos fazendo só pelo outro, ou mais pelo outro, do que por nós. E tem algo de errado aí. Pois para amarmos o outro como a nós mesmos, precisamos primeiro NOS AMAR. Será que estou sendo tão bom comigo, quanto sou para o outro? Será que estou me colocando sempre em segundo plano? Uma hora o corpo cobra, a alma chora.
Quando eu me cuido primeiro, eu começo a me transbordar para o outro. Sem medo de ser feliz, ou de ser amado de volta ou não. Porque eu me torno o próprio amor. Do contrário nos doamos a partir do ego, a partir do medo. Vivemos em constante cobranças, porque o outro também tem que se doar igual a mim, porque o outro também tem que fazer como eu faço. Se eu sou amor eu não tenho essa necessidade, a minha necessidade é apenas de transbordar o amor que eu já SOU.
Meire Oliveira
Somos o reflexo daquilo que existe dentro de nós, e a compaixão é um sentimento perfeito que harmoniza as relações, que lança sobre o outro o olhar amoroso de quem conhece as imperfeições e prova das mesmas angústias, sofre os mesmos males, sente os mesmos medos e convive com as limitações inerentes à natureza humana. A partir desse olhar pra gente mesmo, conseguimos perceber no outro as dores, as dificuldades por vencer, os obstáculos já superados - e isso ajuda no processo de empatia, de reconhecimento e aceitação primeiro com a gente mesmo, para depois podermos dedicar atenção ao outro, porque cuidar de alguém requer cuidado pessoal que possibilite estar inteiro, voltado para si para só então poder voltar-se para todos.
Essa comunhão é a ideal, são os gestos de amor próprio que se expandem para todos à nossa volta, espalhando amor pela vida afora...
Essa comunhão é a ideal, são os gestos de amor próprio que se expandem para todos à nossa volta, espalhando amor pela vida afora...
Denise Araujo