Nas situações diárias, nos desafios da vida, quantas vezes a gente não complica? Quando a oportunidade bate à nossa porta e fingimos não ouvir. Quando a intuição dá um grito e a gente tampa os ouvidos. Quando a gente transforma o copo d'água na verdadeira tempestade. Quantas vezes a gente não se atira de cabeça no mar de desafios e desviamos do mar de bênçãos que temos na vida?
Talvez se tentássemos olhar com mais leveza para o nosso próprio casulo, conseguíssemos voar com mais graça. Não precisamos ser duros com a gente mesmo, a gente erra, cai, machuca e levanta para cair de novo. Mas o tombo vira lição, de cada um tiramos tantas bênçãos. Juntar os nossos cacos que por vezes ficam pelo chão pode render diversão se a gente souber olhar com muita atenção.
Entender que às vezes é melhor apertar o "deixa para lá" para suavizar nossa própria caminhada nem sempre é fácil, mas podemos pintar um descomplicário todos os dias aprendendo a olhar com outros olhos para tudo o que chega até nós.
Meire Oliveira
Pode parecer uma visão romântica da vida, e é, mas é possível, porque se a gente colorir as aflições e pintar com os tons do arco íris nossos medos, os momentos de desânimo podem se transformar em estímulos, a leveza não consegue soprar pra longe o que nos mantém firmes e determinados, e o foco permanece naquilo que nos fortalece, anima, estimula, faz feliz!
Descomplicar é simples, basta tirar a camada de fora do problema, carregada de cansaço, medo, raiva e afins, e olhar para o que pode ser encarado e resolvido sem estresse, com calma, exigindo da gente aquilo que podemos dar, nada é maior do que nossa capacidade de resolução, de enfrentamento, e ter consciência disso pode ser o ponto de partida, ver-se capaz e não vulnerável...
Denise Araujo
