domingo, 12 de junho de 2016

Pensamentos errantes...




Pensamentos errantes são aqueles que nos levam para uma zona de perigo, que ignoram, muitas vezes, o limiar da loucura, do pecado, da teimosia. Somos mestres em gerar o próprio desconforto, as infelicidades que criamos a partir da ideação que teima em crescer e se instalar em nossa cabeça, as famosas caraminholas. Ficamos presos a eles, numa corrente cíclica e perigosa que nos arrasta para um calabouço emocional que aprisiona os sentidos, a vontade, o ânimo, a iniciativa, a marcha da vida.
Esses pensamentos se tornam vitoriosos quando lhes damos asas, quando alimentamos nossas sombras, produzindo pensamentos sombrios. Ou quando praticamos o negativismo em cada chance de mudar e, por medo, preguiça, falta de estímulo, ou o que seja, afastamos as coisas boas, as pessoas certas, os melhores  caminhos.
Pensar desarmados, criar nosso mundo feliz já dentro de nossas entranhas, trazer o sonho para diante de nossos olhos, ao alcance de nossas mãos, vivos nas pontas de nossos pés... eis o jeito de criar pensamentos em sintonia com a realização do que nosso SER deseja. Ele é sábio, perseverante, astucioso, preparado, capaz de nos colocar onde sabe que precisamos chegar.

Denise Araujo

Quantas vezes achamos que podemos ler a mente de outras pessoas, ou prever o futuro? Imaginamos a tragédia armada no melhor estilo novela mexicana. Os "e se" então se tornam uma verdadeira tortura interna, que fazemos sem piedade alguma. Os pensamentos na onda negativa vão nos levando por um fio que só nos afunda. 
E ninguém mais além de nós mesmos pode nos retirar dessa onda. Às vezes um pedido de socorro pode nos ajudar, uma mão pode se estender em nossa direção, mas a escolha de aceitarmos essa mão é somente nossa. Como também é o esforço que vamos fazer para nos reerguer e elevar os pensamentos. Seguir outro fio, alinhavar nosso ânimo, estar prontos para o novo momento. E os pensamentos positivos podermos abraçar e nos envolver, basta que saibamos abrir a porta e deixar que eles entrem e façam da nossa mente casa de ar leve e alegria renovada.


Meire Oliveira

Sim para mim


Desenho por Cida Gama


Fazer de tudo para agradar o outro ou ter medo de desagradar são dois passos de uma dança em que podemos nos aprisionar. É uma dança que nos afasta de quem realmente somos. Um ritmo que nos faz pisar em cima de nosso próprio sentir em função de outra pessoa. E começa a dança que aprisiona. 
Aprender a respeitar o nosso sentir está incluso no pacote do dizer não. O que faz sentido para mim? O que ressoa com o meu coração? É essa estrada que traz a liberdade de ser quem somos. É seguir os passos de uma dança que toca o ritmo das nossas verdades, é dizer sim quando é o que realmente sentimos e dizer não quando necessário. Na certeza de quando dizemos não para o outro, estamos dizendo sim para a gente mesmo.
Meire Oliveira


Para o que estamos dizendo sim? Precisamos estar atentos ao que facilitamos, se dissermos sim para a inflexibilidade, estamos negando uma condição mais leve. Quando aceitamos nossas emoções e as deixamos fluir, cuidamos para que a alegria não exagere, a raiva não ultrapasse o limite, o medo não destrua nossas chances, a tristeza não congele nosso coração?
Quando dizemos sim para todos os fatores que nos (e)levam para diante, nos permitem superar, alcançar o voo tão desejado, desfazer o mal feito, questionar os pontos desfavoráveis, é altamente saudável – mas esse senso de valor e cuidado devem andar de mãos dadas para não dispersarem para longe do território das compensações, das conquistas, das colheitas das boas sementes. Acreditar que somos capazes, que podemos aprender, que seremos recompensados por nossos esforços, nos estimula a olhar para nós mesmos com mais respeito, amor, aceitação – e admiração!!!!

Denise Araujo